Poemeto
O Poemeto é um gênero textual que utiliza as palavras como matéria-prima, organizando-as em versos, estrofes ou prosa, ou seja, apresenta uma estrutura que permite defini-lo como gênero. Usa recursos para expressar uma linguagem especial, responsável por dar vida às emoções e sentimentos. No poemeto pode ser usada a metáfora. É composto por diversas modalidades de estrofes: Dístico (2 versos); Tercetos (3 versos); Quarteto (quadra) Quintilha (6 versos); Septilha (7 versos), Oitavo (8 versos); Décimo (10 versos).
001 - As águas
Murmuram melodias
Sonolentas, inaudíveis
Embaladas suave sinfonia
Cochilam quietude da noite
No aconchego manto de estrelas
Iluminadas luar de prata.
002 - Aquarela
Tela, tons multicoloridos
Paleta, tintas espalhadas
Pincel delinear contornos
Paz, alegria, felicidade
Aspirações jorram alma
Esperanças nova trilha.
003 - Borboletas
Esvoaçam infinito
Pousam suavemente pétalas
Depositar singelo beijo
Botões que florescem
Aromatizam natureza
Em tons multicoloridos.
004 - Anoitecer
Sol esconde-se horizonte
Nasce noite firmamento
Negritude salpicada estrelas
Dama veste prata
Brinca esconde-esconde
Entre quatro fases.
005 - Árvores místicas
Carvalhos, musgos florestas,
Em cada sombra mistério,
São frágeis galhos abrigam
Visitantes solitários e esquecidos
Enquanto ventos quadrantes
Viajam lépidos ramagens.
006 - Canção da primavera
Natureza sussurra
Música divina em harmonia
Com o tênue balé folhas
Guiados orquestras místicas
Que dedilha notas ternura e amor
Mensagens renascer e esperança.
007 - Caminhei
Rotas desconhecidas
Perdidas agrestes atalhos
Entre sinas e esperanças
Como companhia, silêncio
Em busca refúgio tempo
Aprendi aceitar desafios.
008 - Dueto
Duas Almas, dois sonhos
Raios tímidos de luar escassos
Folhas úmidas orvalho
Vaga-lumes ocultos iluminam
Dois lábios, beijo de amor
Sinaliza rota liberdade.
009 - Declínio
Folhas espalhadas gramados
Caminhos ermos e solitários
Sol pálido, raios desbotados
Outono, onde natureza declina
Introspecção toma conta alma
Vida horizonte despede-se.
010 - Destino
Presságios escritos
Entre ascensão e queda
Completamos destino
Chuva efêmera goteja tempo
Instantes bonança ou tempestade
Palavra nua, poema cru.
011 - Dias de Outono
Brisa fresca circunda
Natureza, seus reinos
Orvalho cobre veredas, ruas
Jardins coloridos vida fenece
Sino em planger contínuo
Prenuncia mudanças ciclo.
012 - Primaveril
Águas mansas belo amanhecer
Aromas sutis flores jardim
Enquanto pétalas despertam cochilo
Borboletas graciosas se aninham
Rima e poesia bordam paisagem
Pinceladas tela dia primaveril.
013 - Despertar
Vida vazia solitária
Amor despediu com lágrimas
Porta aberta vento alado
Varre sensações, emoções
Esperanças, renúncias, desapego
Fustigando sentimentos.
014 - Desencontro
No tempo, na busca, nas metas
Sonhos perdidos ermos caminhos
Tortuosos delineados destinos
Notas musicais assobio do vento
Melodias lembranças sina
Solidão entre palavras e rimas.
015 - Encarcerada
Pensamentos oscilantes
Entre devaneios, fantasias
Vícios, erros, melancolia
Atitudes supervisionadas
Sentimentos desgastados
Alma e corpo fragmentados.
016 - Efêmero
Despertar e adormecer
Desamor, morte
Homem, eternidade
Sonhos, esperança
Sentidos, ilusão
Caminho de fantasias.
017 - Enigmas
Flores perfumam quimeras
Habitam templo interior diáfano
Véus que ocultam sentimentos
Enigmas passageiros tempo
Atravessam, passado e presente
Futuro, rumo cruel esquecimento.
018 - Escuridão
Noite vestida de breu
Chuva desaba espessa
Veredas, ruas desertas
Vento assobia e castiga
Ramos nus se curvam
Fantasmas, lamúrias dor.
019 - Eu sou
Vento que sopra floresta
Cinzas tempestades bravias
Exuberante arco-íris colorido
Que se projeta ciclos vida
Às vezes sombras da dor
Ou, imagem efêmera alegria.
020 - Fantasias
Guardadas, segredos mente
Propagam oscilações lembranças
Viajantes insatisfeitos passado
Tomam formas, sombras desejos
Aprisionados tempo e história
Bagagem nefasta presente.
021 - Flores
Brisa sopra suave
Inebriantes, sutis essências
Exalam amanhecer
Primavera, flores multicoloridas,
Libélulas engalanadas dançam
Poesia flui em pétalas.
022 - Há palavras
Ignoradas, sem sentido
Prometem impossível
Sem essência, por instinto
Irônicas que magoam
Há palavras que imploram
Silêncios que são temidos.
023 - Identidade
Medite metas
Crenças vivenciadas
Valores analisados
Passado distante
Presente com desafios
Que seja pleno instante.
024 - Jardim sentimentos
Semeado de quimeras
Sonhos encarcerados
Adubado com fantasias
Pétalas desfolhadas vento
Lágrimas saudade
Brota flor desesperança.
025 - Meus Versos
Revelam pálida nudez
Paz infinita me cerca
No silêncio meus dias
Nos sonhos minhas noites
Quimeras em pensamentos
Enquanto existir vida.
026 - Noite no arraial
Meninas belos vestidos
Meninos chapéu desfiado
Sanfoneiro abre quadrilha
Pares alegres mãos dadas
Passos bem marcados
Só olhares, sem palavras.
027 - O Tempo
Largura dias
Profundezas horas
Lua desponta na noite
Sol nasce no dia
Natureza e seus reinos
Passado, presente, futuro.
028 - Invernada
Vestiu terra de branco
Nevoeiro como obstáculo
Andantes vem estrada
Flocos penduram-se galhos
Lágrimas cristalizadas face
Até que sol descongele.
029 - Permita
Alegria habitar interior
Alimentar energia íntima vital
Que olhos face captem beleza
Reinos natureza que vibram
Que da alma sintonizem amor
Por semelhantes do universo.
030 - Quando amo
Arde fogueira das sensações
Labaredas paixão, emoções
Registra história sentimentos
Vertigens insights lembranças
Tristeza consome ausência
Luxúria e pecado presença.
031 - Meu Eu
Proprietário palavra ou silêncio
Viaja entre quatro ventos
Bagagem pensamentos errantes
Labirinto ideias inconstantes
Percepções, sensações desconcertantes
Emoções, sentimentos distantes.
032 - Alma colorida
Pincela estações com nuances
Flores, aromas que inebriam
Tinge natureza com rajar das brisas
Inunda homem, energia enigmática
Ara, aduba, semeia e colhe
Bons frutos, flores coloridas.
033 - A Viagem
Bagagem cartas organizadas
Pilhas com fitas de cetim
Agasalho é tecido palavras
Horizonte vislumbro presságios
Tela mágica e inexplicável
Pincelada esperança, amor.
034 - Alvorecer
Natureza desperta suave
Sol espreguiça raios
Pássaros abrem asas
Revoada rios, matas
Homem desperta sonho
Espreguiça-se, vida renasce.
035 - Brisas mensageiras
Em segredos esquinas do tempo
Beija como colibri flores
Laranjeiras, madressilvas, véu de noiva
Como pombo correio levam nas asas
Perfumadas missivas promessas
Àqueles que perecem amor.
036 - Águas Doces
Águas doces, límpidas
Jorra da fonte e forma lagos
Onde Ondinas dançam balé sutil
Melodia atrai e encanta
Em sua alva nudez flutuam
Notas de harpas angelicais.
037 - Despedida
Alicerçadas sentimentos
Projetada mente
Realizada com verbo
Escrita em pergaminhos
vento leva em suas asas
Na rota lembranças.
038 - Beleza exterior
Olhos emitem valor exagerado
Máscara ilusória cobre face
Formas geométricas acentuadas
Enquanto idade juventude
Por trás efêmera aparência
Guarda-se verdadeira essência.
039 - Abril
Terra sedenta nutrientes
Espia entre nuvens Sol
Pincela de azul firmamento
Espera que chuva seja mansa
Que arco-íris enfeite tela
Que pássaros façam revoada.
040 - Balé de Folhas
Carrilhões relógio natureza
Sussurram melodia folhas
Em piruetas caem ao rés do chão
Dispersas, cada sopro do vento
Ficam desnudos galhos frágeis
Curvados na estação outono.
041 - Beija-flor
Suga gotas orvalho
Que mitigam sede pétalas
Jardins primaveris coloridos
Quadrantes sopram suave brisa
Esvoaça gracioso beija-flor
Em busca do néctar preferido.
042 - Chuva miúda
Teu manto cobre terra
Aroma exala do mato
Caminhos cobertos lama
Fluxo água é constante
Intermitentes raios
Ruídos trovoadas.
043 - Corpo
Sacralidade, um templo
Memórias em ruínas
Lembranças, fragmentos
Dança macabra óbito
Acordes algozes tempo.
Féretros em silêncio.
044 - Cores do pânico
Horizonte, negras brumas
Vestes passado, preto e branco
Pôr do sol ao cair da tarde
Palhaço gargalha insistente
Reflexo fatídico presente
Melancolia, solidão, tristeza.
045 - Contos
Criados mente expressos verbo
Às vezes realidades, outras fantasias
Na energia que serpenteia vida
Entre esperança traz alegrias
Ou, desesperança do caos
A oralidade transmite.
046 - Relógio
Aniquilador lembranças
Algoz insensível tempo
Ferro quente marca alma
Mecanismo desumano
Imponente me desafia
Ousado incessante tic-tac.
047 - Escrita
Ao tatuar grafias construo formas
Disfarço mágoas, sou toda prosa
Entre versos engano tempo
Amarga realidade discursa
Das quimeras faço esperanças
A ilusão é minha e não divido.
048 - Emoções
Oscilam de forma indefinida
Presente mente e atos
Sem modelo pré-definido
Faz parte dos mistérios
Profundos e enigmáticos
Cerceados essências.
049 - Imagens
Ofuscam tela mente
Movimentam-se sem nitidez
Entre névoas, tons de cinzas
Borrões, memórias maculam
Lembranças dos ontem perdidos
Incinerados no presente.
050 - Enfim
Mergulhei instante, suspiro do tempo
Enredei na teia, entre finito e infinito
Energia, corpo e alma, matéria e espírito
Passagem horizonte rompe
Vislumbro entre névoas tempo
Única realidade, eternidade da luz.
051 - Meu Silêncio
Impulsiona à reflexão
Desperta sentidos
Esquece o inesquecível
Substitui o insubstituível
Perdoa o imperdoável
Para conhecer paz interior.
052 - Passos
Mesmos descalços fazem ecos
Do passado, minha história
Labirinto presente onde me perco
Passos param, ecos cessam
Atrás da esquina, o futuro temente
Soma de enigmas.
053 - Esquecimento
Imagens brotam mente
Intervalos melancólicos
Fazem parte presente
Lembranças extraviadas
Sem norte, rumo precipício
Veículo esquecimento.
054 - Ventura
Sensações, emoções
Sem aviso, imprevisíveis
Quando sopro amor
Preenche lacunas desejos
Satisfaz alma, sentidos
Pincela tela intimidade.
055 - Folhas de outono
Natureza revestida de arte
Outono, folhas vermelhas
Com nuances de bordô
Algumas alaranjadas
Pinceladas ferrugem
Amareladas levadas vento.
056 - Manhã Outonal
Vidraças mostram névoa
Folhas secas jardim
Enrugadas, tempo
Sol se infiltra nuvens
Pincela aquarela natureza
Gotículas orvalho.
057 - Frio cortante
Inverno despe sobressaltos
Acumulados ciclos vida
Fragilidade vencer a sina
É gélida solidão, melancolia
Frio cortante perpassa alma
Anuncia tempestade, agonia.
058 - Flocos de Neve
Cobrem grama, umedecem faces
Sensação gélida que atrai
Emoções, compartilhar
Com inverno íntimo
Onde corpo físico definha
Alma congela dor.
059 - Renascimento
Prados Floridos
Buquês tomilho
Aromatiza manhãs
Enquanto brisa beija relva
Homem reascende esperanças
Realizar sonhos escondidos.
060 - Rosas
Germinam enquanto sol aquece
Abrem pétalas receber orvalho
Multicoloridas no roseiral
Enfeitam alegrias vida
Símbolo, amor e paixão
Desfolhadas atapetam chão.
061 - Medo
Vendaval inexistente
Portas que abrem e fecham
Vozes estridentes
Fantasmas em lamentos
Cicatrizes de lembranças
Que teimam brotar mente.
062 - Memória
Receptáculo histórias vidas
Fatos registrados épocas
Pausas, lapsos lembrança
Reconhecidas individual ou coletiva
Legados valiosos futuro
Manter origens ancestralidade.
063 - Melancolia
Quando olhar divaga
Entre micro e macrocosmo
Vê campos desprovido de flores
Animais na busca de abrigo
Homem, em silêncio
Analisa a vida.
064 - Terceira idade
Duelo entre corpo a fenecer
Mente jovem quer ousar
Sentimentos passado hibernam
Fogo paixão de extingue
Soma relíquias e mistérios
Lembranças preservar memória.
065 - Meu amor
Sobrevoa horizonte
Sem fronteiras primavera
Pois vida renasce plenitude
Desperta orvalhos auroras
Sentinela paisagens sonhos
Pede passagem felicidade.
066 - Mulher
Sereno semblante
Sensual, rodeada de sonhos
Flor desabrocha e aromatiza
Espinho muitas vezes fere
Mistério, enigma, solução
Luz, música, sedução.
067 - Navegar
Dobras etéreos sonhos
Suavidade serena noite
Infinito entre lua e estrelas
Doces instantes devaneios
Em harmonia mágica e sensual
Timoneira entre rio e mar.
068 - Notas Musicais
Saleta com piano canto
Dedos calejados tocam teclas
Acariciam 7 notas musicais
Entre passado, presente, futuro
Melodia se expande em sinfonia
Penetra emoções, sentimentos.
069 - Orquídeas
Cor exuberante, aroma inebriante
Exótica envolvida por mistério
Abre pétalas em aconchego
Para proteger paixão, amor
Enfeitiçou dias e noites
Sentimentos enraizou.
070 - Passado
Quebra-cabeça fragmentos
Peças descoloridas tempo
Juntei, vi que perdi sentimentos
Emoções foram cerceadas
Esperanças foram soterradas
O tempo passa, sobrevivi.
071 - Rota da Liberdade
Navio flutua
Imensidão noite
Águas profundas mar
Sem bússola, sem rota
Levando nos porões
Quimeras, esperanças.
072 - Paleta de cores
Em tons pastéis colori o céu
Suavidade tons surgiu lua
Magnifica, majestosa deusa
De azul índigo bordei infinito
Sopro magia acendi estrelas
Pincelei existência com esperança.
073 - Crepúsculo
Céu tisnado nuances
Noite cobre terra e mar
Lua desponta imensidão
Amiúde estrelas nascem
Paixões, emoções brotam
Amantes se entrelaçam.
074 - Aragem
Escutar gorjeio pássaros
Trinar mata virgem
Águas jorra entre pedras
Murmúrio sinfonia
Sentir frescura brisa
Ver balé folhas ramagens.
075 - Saudade
Mergulhar infinito emoções
Onde solidão busca companhia
Melancolia habita existência
Paciência espera reencontro
Entre quimeras e realidade
Ainda há tempo para ser feliz.
076 - Pensamento
Fremente chama acesa
Lamparina célere tempo
Entre alvorecer e crepúsculo
Oscilante, vagas lembranças
Vento forte sopra sonhos
Quimera extinta para sempre.
077 - Paisagem
Enlaça verdejantes colinas
Paisagem sensual torna-se nublada
Esconde-se magia momento
Doçura e ternura selvagem
Em rima, beleza, poesia
Macro e Micro em sintonia.
078 - Sobre as asas
Embalada suave brisa
Banha luar cintilante
Conto sonhos esquecidos
Lembro sorrisos em óbito
Fotografias desbotadas
Sepulcro das lágrimas.
079 - Sonhos
Segredáveis, inconfessáveis
Corpo nu, trêmulo, torvelinho desejos
Noites insônia, sem máscaras
Envolvida sensível melodia
Penumbra alcova macia
Companhia solidão.
080 - Silhuetas
Entre brumas do dia
Negritude noturna
Beleza esmaece
Cinza profundo cobre vida
Silhuetas tridimensional
Congelam em imagem.
081 - Sob estrelas
Noite clara de verão
Beira mar, lua, estrelas
Leve brisa incita desejos
Ternura gestos acaricia
Enquanto águas murmuram
Melodias do prazer.
082 - Solidão
Não permita que solidão se enraíze
Tome posse sentimentos
É astuciosa e envolve sutilmente
Manipula e absorve sem que percebas
Companhia silenciosa e traiçoeira
Rasga vestes da coragem e esperança.
083 - Artesão do amor
Borda o contorno de meus dedos
Linguagem muda, gestos, suspiros
Lentamente contorno de meus olhos
Captando luz de minha essência
Meu sorriso, acariciar no beijo
Amor com filigranas ouro.
084 - Labaredas
Pradarias multicoloridas
Fragmentos músicas, aromas
Incitam paixões horas imortais
Envolvidos sonolências
Almas gêmeas enlaçadas
Entre labaredas paixão.
085 - Sol Primaveril
Renascer vida natureza
Brota sentimentos homem
Percepções despertam sutilmente
Emoções inebriam corações
Pincelado com sensações
Tela essência interior.
086 - Cortejo
Música, alegria, festa bosque
Árvores vestidas verde musgo
Anjos varinhas mágicas
Aspergem pétalas de flores
Aves se beijam ramos
Humanos, relva se amam.
087 - Impressões digitais
Mãos unidas, suave carícia
Pele transpirando sensações
Dedos entrelaçados, em harmonia
Dois que se transformam em um
Às vezes por tempo longínquo
Outras, por momentos fugazes
088 - Desacompanhado
Tudo é sinistro, silencioso
Tempo carrega braços
Solidão mesmos caminhos
Sem rota definida, sem bússola
Enquanto há vida, enquanto suspiram
Até corpo entrar em óbito.
089 - Livro da vida
Sino ao longe em lamento
Presente no entardecer
Ataúde, sem corpo, palavras
Rasuradas, indecifráveis
Velas queimam. labaredas
Incineração livro da vida.
090 - Sonoridade
Inúmeras, estranha
Harmônica, monótona
Secreta, misteriosa
Instrumentos musicais
Palavras, notas interiores
Seres reinos natureza.
091 - Canção
Letras, palavras
Notas melodiosas, canção
Música suave pensamento
Enquanto sombra passado
Desfila lembrança da escala
Segredos, em notas coração.
092 - Sussurro
De um violino nostálgico
Melodias do passado
Que embalavam quimeras
Ciclos juventude, maturidade
No escutar doces palavras
Promessas e juras de amor.
093 - Beijos
Calaram-se palavras, frases soltas
Umedeceu boca com volúpia
Reascenderam velhos desejos
Ocultos e cerceados
Beijos tatuados na pele
Aroma e cor de cereja.
094 - Sonho
Flutua levado pelas correntezas
Na brisa suave que se move
Folhas caídas margens rio
Pena perdida sem norte
Fluxo contínuo, felicidade
Eu, você, a paixão.
095 - Paz
Alegre, quando a terra exultante
Exala fragrâncias flores
Estrelas firmamento
Brisa morna quadrantes
Murmúrios vagas do mar
Paz habita alma homem.
096 - Pássaro
Proprietário liberdade
Alça voo entre nuvens
Em balé rasante ondas
Mergulho audacioso infinito
Para asas não existem fronteiras
Entregues carícias brisa.
097 - Aceno
Lenço acena beira cais
Olhar aflito reflete medo
Verte lágrimas saudade
Face umedecida pranto
Eternidade incertezas
Desfolha rosa adeus.
098 - Dama
Caminha jardim florido
Vestido veludo carmim
Visão diáfana, delicada
Olhar estranho inflama
Voz, carente ternura
Sinfonia penetra você.
099 - Você
Semeia pureza e encanto
Em cada atitude cotidiano
Alimenta fonte sementes
Prósperas, colhe sucessos
Da esperança armazenada
Fonte sentimentos nobres.
100 - Viajantes
Escuna branca veleja
Sob manto estrelado noite
Viajantes, sonhos e devaneios
Vestidos tênues lembranças
Adornados de paixão e desejos
Em busca porto certeza.
101 - Altar
Divindades ornadas ouro
Sobre ara queimam aromas
Sacerdote curvado em prece
Sacrifica fragmentos vida
Grafias epigramas hereges
Gritos e prantos, hediondos.
102 - Hoje
Tempo fugaz, soma instantes
Vivenciados na plenitude
Se distanciam e viajam tempo
Enraizados, emoções descompassadas
Desafios, obstáculos não superados
Horizonte, interrogação esfumaçada.
103 - Árvores nuas
Empilhando folhas mortas
Pelo vento que assobia penetrante
Nos galhos envergados e gélidos
Pássaros servem de abrigo para nudez
Com suas plumagens policromáticas
Em contraste com respingos de neve.
104 - Quebra Cabeça
Velho quebra cabeça
Espalhado nas lembranças
Tentei juntar fragmentos
Inquiri discerni dirimi
Enterrei esquecimento
Montei uma nova história.
105 - Noite
Vestida o manto das brumas
Lua cheia se sobressai
Tempo lembranças, melancolia
Alimentar sonhos, esperanças
Espera manhãs luz
Percorrer destino traçado.
106 - Planar
Livre amarras
Saltitantes campos floridos
Sem hora de ir ou voltar
Sem lenço secar lágrimas
Sem documento identificar
Livre aspirar maresia do mar.
107 - Sou
Tela vazia para ser colorida
Com tons do arco-íris em nuances
A mão livre com suaves sensações
Emoções, sentimentos desconhecidos
Fixados na tela para ser admirada
Pelos doces olhos da alma.
108 - Sombra
Companhia inseparável
Às vezes sutil, indelével entre névoas
Outras grotescas, me assombra
Assim prossigo jornada diurna
Fantasmas permeiam meu sono
Não sei quando sou eu, ou sombra.
109 - Visão
Vestida seda escarlate
Corro entre jardins narcisos
Quimeras, um conto de fadas
Grama coberta de flores
Cavaleiro que traz esperanças
Vestido de amor e paixão.
110 - Contexturas
Deslizo suavemente meus dedos
No compartimento da memória
Pensamentos brotam na mente
Em silêncio busco respostas
Até que transparência aflora
A essência responde: Eu e Você.
111 - Murmúrios
Na mansidão dos rios
nas marés altas e baixas
Vento assobia beija folhas
Entre dias úmidos e tristes
Dos fantasmas que desfilam
Na noite coberta por brumas.
112 - Riacho
Pulsação das águas turvas ou cristalinas
Correnteza continua a murmurar notas
Inaudível, mas que convidam a relaxar
Flutuar como folhas caídas das margens
Escrever sobre devaneios e amores
Sonhar concretizações de ideais.
113 - Finito, infinito
Finito, eu mero mortal visitante
Reconhecendo a finitude do corpo
Entre ciclos nascer, viver e morrer
Outros tantos me farão companhia
Para ocupar a imensidão do infinito
Quando hora despedida chegar.
114 - Endereço
Local, o instante presente
Rua, dobras do tempo
Número, 0000000
No mosaico da vida onde brota sorriso
Ou, lágrimas na desventura da sina
Costura-se retalhos da vida, para vestir na morte.
115 - Nostalgia
Faz parte do tempo, não tem idade
Mergulha-se no mar das emoções
Que trazem alegrias, dor, lamento
Palmilhar caminhos já vividos
Recordar o que foi ou nunca será
Quem conhece soube amar.
116 - Um nome
Soma de fonemas em grafia
Escrito vibra no universo
Para não ser nunca olvidado
Alguns trazem vibrações positivas
Outros tantos soam de forma negativa
Sempre escolhidos sem aquiescência.
117 - Amanhã
O futuro desconhecido
Oportunidade novas semeaduras
Do renascer e eliminar conflitos
Adubar trajetória sentimentos nobres
Para próximos amanhãs, na colheita
Sentir o aroma da flor, o gosto do fruto.
118 - Livros
Em saletas, prateleiras, livrarias
Inúmeros autores e conceitos
Universo desconhecido até a leitura
Dueto, o homem, o conhecimento
Um mergulho na sabedoria alheia
Que desvenda mistérios escondidos.
119 - Atemporal
Faz parte de todos os tempos
Passado, presente e futuro
Horas que passam sem registro
Percepção por olhos da face
Sensações emoções na vivência
Sentimentos, acordes da poesia.
120 - Distância
Tudo distante, locomoção cotidiana
Lembranças esfumadas mente
Carência de diálogos no presente
Rotas alternadas pelo tempo
Pergaminho pena no tinteiro
Escrevo, não quero distância de mim.
121- Murmúrios
Na mansidão dos rios
nas marés altas e baixas
Vento assobia beija folhas
Entre dias úmidos e tristes
Dos fantasmas que desfilam
Na noite coberta por brumas.
122 - Luar mágico
Brilha fulgurante no infinito
Banha bosques e veredas
Orquestra de folhagens
Sussurram melódicos sais
Orvalho cristaliza gotículas
Mitigam sede no farfalhar.
123 - Mil faces
Invisíveis cobrem rosto
Seus mistérios, segredos
Sua essência e destino
Que sorri escondem ilusões
Bem estar por pouco tempo
Olhos com lágrimas a jorrar
124 - Energias
Firmamento colorido
Observar raios solares
Sentir brisa soprar
Ver tudo multicolorido
Aspirar fragrâncias
Poção mágica e secreta.
125 - Magia, mistério
Na noite escura e densa
Cantam pássaros noturnos
Magos invadem a clareira
Oram para deuses da crença
Para o homem ter esperanças
E equilíbrio em sua jornada.
126 - Despedida
Boa Noite, o dia disse até breve
Organizou o cotidiano da vida
Agora é hora de descansar
Não se entregue as ansiedades
Momentos noturnos são únicos
Abençoados por nosso Criador.
127 - Prece
Tenha no coração a humildade e fé
Sentimentos nobres nos pensamentos
Como amor, perdão, humildade
Solidariedade, empatia e perdão
Cerre os olhos e conecte-se à crença
Sussurre em harmonia sua prece.
128 - Trilhas esquecidas
Imagens fantasmagóricas
Sem cores e aromas
Apenas silhuetas negras
Movimentos desordenados
Pois a memória individual
Rolou patamar esquecimento.
129 – Liberdade
Livre de amarras que cerceiam
Saltitante em campos floridos
Sem hora de ir e voltar
Lenço para secar as lágrimas
Documento para identificar
Na beira-mar e sentir maresia do mar.
130 – Meus Versos
Refletem a pálida nudez
Paz infinita que me cerca
No silêncio de meus dias
Sombra de minhas noites
Quimeras em pensamentos
Enquanto em existir vida.
131 – Peças
Velho quebra cabeça
Espalhadas nas lembranças
Tentei juntar fragmentos
Inquiri discerni dirimi
Enterrei no esquecimento
Montei uma nova história.
132 – Nudez
Dar árvores envelhecidas
Que empilha folhas mortas
Pelo vento que sopra penetrante
Cortando o cerne como aviso
Da nudez madeiras no inverno
Emoções congeladas do homem.
133 – De costas
Para aniquilador de lembranças
Algoz invisível tempo, Chonos
Ferro quente que marca a Alma
Mecanismo desumano na parede
Olha para minhas costas em tic-tac
Enquanto mente contabiliza perdas.
134 – Felicidade
Sensações, emoções
Sem aviso previsível
Quando sopro de amor
Preenche lacuna dos desejos
Satisfaz a alma e sentidos
Inebria pensamentos à deriva.
135 – Mãe Natureza
Veste manto braço
Para agasalhar-se do vento
Galhos frágeis se curvam
Noite onde silêncio reina
Gotículas se cristalizam
Dormem animais e humanos.
136 – Meu amor
Sobrevoa o mar e horizonte
Sem fronteiras nas estações
A vida renasce na plenitude
Desperta orvalhos das aurores
Fortalece equidade e empatia
Alicerçado no amor universal.
137 – Quimera
Pensamentos rumo à deriva
Olhar horizonte sem visualizar
Entre esperança e ceticismo
Silêncio interior, sacralidade
Inconsciente oculto por véus
Até dissolver a quimera.
138 – Congelou
A vida e sentimentos
Emoções trazem angústia
Sensação de frio cortante
Congelaram desejos
Lágrimas, ais, suspiros
Partículas desesperança.
139 – Solitário
Tudo é sinistro e silencioso
O tempo carrega nos braços
Solidão pelos mesmos caminhos
Sem bússola ou rota definida
Enquanto há vida e sonhos
Até energia vital entrar em óbito.
140 – Sons da noite
Velho pêndulo na saleta
Ruído nesta noite fria
Adormeço coberta pelo silêncio
Agasalhada por lembranças
De velhos e soterrados sentimentos
Esquecidos, suspensos no tempo.
141 – Verão
Alegre, quando a terra exuberante
Exala intensa fragrâncias florais
Manto estrelado no firmamento
Brisa morna dos quadrantes
Murmúrio vagalhões do mar
Paz habita almas humanas.
142 - Fractais
Auto semelhanças pequeninos
Com seus significados intrínsecos
Atraem olhares humanos
Incentivam descoberta origens
Obras artísticas da natureza
Sem pincéis, paleta e tintas.
143 - Imaginação
Pensamentos rumo à deriva
Olhar longe, no horizonte
Entre esperança e ceticismo
Silêncio interior, sacralidade
Inconsciente, oculto por véus
Até renascer certezas.
145 - Prazer
Não tem fronteiras geográficas
Percorre as estações e delas extrai
Sabor dos frutos maduros outonais
Aconchego nas vestes invernais
Carícias das brisas primaveris
Labaredas de amor e maresia verões.
146 – Sons tristes
Sino ao longe em lamento
Presente ao entardecer
Ataúde, sem corpo, palavras
Rasuradas, indecifráveis
Velas queimam em labaredas
Incinerado livro da vida.
147 - Sons da Lira
Notas melodiosas invadem saleta
Dedilhadas com perspicaz maestria
Conduzem pensamentos devaneios
Torpor invade percepções, sensações
Fragrâncias sedutoras exalam
Retorno passado longíquo.
148 - Amanhã
O futuro desconhecido
Oportunidade novas semeaduras
Do renascer e eliminar conflitos
Adubar trajetória sentimentos nobres
Para próximos amanhãs, na colheita
Sentir o aroma da flor, o gosto do fruto.
149 - Mil faces
Invisíveis cobrem rosto
Seus mistérios, segredos
Sua essência e destino
Que sorri escondem ilusões
Bem estar por pouco tempo
Olhos com lágrimas a jorrar.
150 - Livros
Em saletas, prateleiras, livrarias
Inúmeros autores e conceitos
Universo desconhecido até a leitura
Dueto, o homem, o conhecimento
Um mergulho na sabedoria alheia
Que desvenda mistérios escondidos.