Praias da Ilha da Magia

Florianópolis, conhecida como a Ilha da Magia possui, dezenas de praias, divididas por regiões: Norte, Leste e Sul, cada uma com beleza e características únicas, para todos os gostos, que vão desde praias calmas e familiares até as preferidas dos surfistas, vida noturna agitada e natureza preservada.
Praias do Norte da Ilha

Cacupé

Sua história está ligada aos povos indígenas, que deixaram o nome "Cacupé" (verde por trás do morro), e posteriormente aos colonizadores luso-brasileiros, que exploravam a região por meio da pesca, agricultura e pecuária. A palavra "Cacupé" vem do tupi-guarani e significa "verde por trás do morro" indicando, a passagem de indígenas pela área. O bairro, que era uma subdivisão de Santo Antônio de Lisboa e um centro alfandegário nos séculos XVIII e XIX. Na década de 1960, a construção do Hotel Sesc impulsionou o surgimento de comércios e moradias no bairro e transformou-se, com a construção da rodovia SC-401 na década de 1970 e, mais tarde, com o surgimento de condomínios de alto padrão, tornando-se um bairro residencial sofisticado que preserva a tranquilidade da natureza.
Cacupé Hoje
Cacupé é hoje um bairro consolidado como residencial, que combina moradores tradicionais e novos residentes, com foco em qualidade de vida e contato com a natureza.
Gastronomia e natureza
A pesca ainda é uma atividade relevante, o que contribui para a rica gastronomia local, com restaurantes à base de frutos do mar.
Santo Antônio de Lisboa

A Praia de Santo Antônio de Lisboa foi ocupada por povos primitivos, com evidências de ocupação humana ainda mais antiga que a chegada dos europeu e, a partir de 1698, por colonos luso-brasileiros e, posteriormente, por açorianos. A partir de 1748, um fluxo de casais açorianos veio para o local, consolidando o povoamento. Oficialmente estabelecida como freguesia em 1750 e em 1756, a freguesia foi oficialmente chamada de Santo Antônio. A região se tornou um centro da cultura açoriana em Florianópolis, com um centro histórico preservado, arquitetura típica e forte influência gastronômica.
Características históricas e culturais
Arquitetura: O bairro preserva edificações históricas e casarões que demonstram a forte influência açoriana.
Igreja: A Igreja de Nossa Senhora das Necessidades foi construída entre 1750 e 1756 e é um marco da arquitetura colonial portuguesa na região, segundo o Guia Floripa.
Gastronomia: A forte presença açoriana contribuiu para o desenvolvimento da culinária local, com pratos à base de frutos do mar, sendo conhecida como um centro da ostra em Florianópolis.
Sambaqui

A Praia de Sambaqui, em Florianópolis, deve seu nome aos grandes montes de conchas (sambaquis) deixados por povos indígenas pré-históricos, que viveram na região há milhares de anos e são as primeiras evidências de ocupação humana. A palavra "sambaqui" vem do tupi-guarani, onde "tamba" ou "tãba" significa concha e "qui" ou "ki" significa amontoado, referindo-se a esses montículos de conchas.
A partir do século XVIII, a localidade se tornou ponto de desembarque para imigrantes açorianos e, posteriormente, um importante porto para o comércio marítimo, com a instalação de um posto alfandegário. A posição geográfica favorável, protegida de ventos fortes, levou à construção de um porto por Manoel Manso de Avelar para estimular o comércio marítimo.
Atividade Alfandegária: A importância econômica da região para o desembarque de mercadorias levou à instalação de um Posto Alfandegário e de Fiscalização do Trânsito de Embarcações em 1890, que atuava com navios que não podiam acessar o Porto de Desterro.
Atualmente, a Praia de Sambaqui é conhecida por sua tranquilidade, mantendo as raízes açorianas e sendo um vilarejo de pescadores. Sua paisagem é marcada pela arquitetura colonial e pelas festas religiosas e folclóricas.
Daniela

A história da Praia da Daniela em Florianópolis remonta à sua ocupação a partir da década de 1970, impulsionada pela construção da SC-401, que melhorou o acesso à região. A área era originalmente um local de pesca com manguezais, mas um empreendedor comprou e loteou os terrenos, criando o Balneário Daniela em homenagem à neta, nome que se tornou popular em mapas turísticos, embora o nome oficial seja Praia do Pontal. A urbanização foi rápida e diretamente para o estado atual, sem passar por outros estágios.
Origens e desenvolvimento
Antes da urbanização, a região era uma área pouco importante para os habitantes, frequentada por pescadores em busca de camarões, siris e berbigões, devido à abundância de manguezais. Com a construção da SC-401 e seu asfaltamento da SC-401 na década de 1970 facilitou, o acesso ao Norte da Ilha, o que impulsionou o desenvolvimento do balneário.
Loteamento
A área foi transformada em um balneário planejado a partir de um loteamento autorizado em 1972, com ruas largas e calçadas, um processo que ocorreu diretamente do estado natural para a urbanização.
Características do bairro
A Praia da Daniela é um bairro residencial, com ruas largas e canaletas de drenagem, resultado do solo lodoso. A infraestrutura e o comércio são limitados, com mais serviços pontuais como mercados e restaurantes, e uma população residente que contribui para a economia local. Proximidade com a Praia do Forte: A Daniela faz divisa com a Praia do Forte, onde se encontra a Fortaleza de São José da Ponta Grossa, um local histórico importante para a defesa da ilha. Uma praia mais tranquila, com águas calmas, ideal para stand up paddle e caiaque.
Praia do Forte

A história da "Praia do Forte" refere-se a uma disputa e um processo judicial envolvendo a demolição de uma casa no norte da Ilha de Santa Catarina, na região da Praia do Forte, e a luta pela preservação do local, que tem como marcos históricos, a Fortaleza de São José da Ponta Grossa e o próprio povoado, que se desenvolveu ao seu redor. A discussão durou mais de 30 anos e culminou com a derrubada de uma construção considerada pela comunidade local como parte do patrimônio afetivo e cultural do lugar, que o órgão de patrimônio federal contestava.
Detalhes da disputa:
O Contexto Histórico: A área da Praia do Forte, onde ocorreu a disputa, tem uma história antiga, iniciada com a construção da Fortaleza de São José da Ponta Grossa em 1740, que deu origem ao povoado.
Origem da Disputa: A disputa começou nos anos 1980, quando a União autorizou pescadores a permanecerem na área, mas com a restrição de não ampliar suas moradias.
Evolução da Disputa: Com o passar do tempo, as estruturas foram modificadas, levando a novas contestações judiciais e processos de retomada da área pela União, que foram adiados pela pandemia de Covid-19.
A Demolição: Em abril de 2025, uma demolição foi realizada, marcando o fim da disputa judicial e um capítulo complexo entre a memória afetiva, o direito à moradia e a preservação do patrimônio cultural.
Impacto na Comunidade: A demolição gerou debate na comunidade local e entre órgãos de patrimônio, evidenciando as tensões entre a preservação do patrimônio histórico-cultural e a memória afetiva local.
Jurerê/Jurerê Internacional

A história de Jurerê começa na antiga Praia do Forte, nome original da região devido à Fortaleza de São José da Ponta Grossa. Nos anos 1950, o loteamento Jurerê deu origem ao bairro, que em 1978 ganhou sua versão moderna, Jurerê Internacional, um projeto urbanístico de alto padrão com forte influência de Oscar Niemeyer. A praia foi dividida em Jurerê Tradicional (o bairro antigo, mais familiar e com comércio) e Jurerê Internacional (com foco em residenciais de luxo e empreendimento modernos).
Origens e Nomes
Y-Jurerê Mirim: O nome "Jurerê" deriva da língua dos carijós, significando "pequena boca d'água".
Surgimento do bairro Jurerê
Nos anos de 1950, um grupo de empresários comprou o local e iniciou um loteamento, que deu origem ao bairro, inicialmente chamado de Jurerê. A Imobiliária Jurerê foi criada para comercializar os lotes e popularizou o nome "Jurerê" para a região.
Criação de Jurerê Internacional
Nos anos 1970/1980, a Habitasul Empreendimentos Imobiliários lançou Jurerê Internacional. O projeto urbanístico foi inspirado em Miami e contou com a colaboração do arquiteto Oscar Niemeyer.
Diferenciação
O nome "Internacional" foi adotado para diferenciar o novo empreendimento de alto padrão do bairro mais antigo, que passou a ser chamado de Jurerê Tradicional.
Desenvolvimento e Atualidade
Jurerê Tradicional - Mantém o caráter mais familiar, com casas mais simples, pousadas e um comércio local vibrante.
Jurerê Internacional - Tornou-se um balneário turístico de luxo, com casas e empreendimento modernos, e um centro de referência em lazer, cultura e sustentabilidade.
Parque Central - Foi criado como o "coração do bairro", integrando o verde nativo e oferecendo áreas para atividades e relaxamento.
Reconhecimento - A praia de Jurerê Internacional foi reconhecida como a melhor praia urbana do mundo ibero-americano em um estudo técnico-científico. Badalada, com ótima estrutura, vida noturna e faixa de areia alargada
Canasvieiras

A história de Canasvieiras começou com a chegada de colonizadores portugueses e açorianos no século XVIII, que inicialmente se dedicavam à agricultura e pesca. O nome da praia deriva de antigas plantações de cana ou de um antigo produtor local chamado Vieira, com o registro "Praia Cana Vieiras" datando de 1786. O bairro se desenvolveu como um balneário a partir de 1956, e com a construção da SC-401 em 1970, o turismo se consolidou, atraindo visitantes de outros países, especialmente da Argentina.
Economia e desenvolvimento
Pescadores e agricultores: Inicialmente, a economia de Canasvieiras era baseada na agricultura (como cana e cebola) e na pesca.
Modernização do turismo
A partir de 1956, com o primeiro loteamento, Canasvieiras se transformou em um importante balneário e polo turístico, atraindo muitos investimentos.
O "Paraíso dos Argentinos"
O desenvolvimento da infraestrutura e a conexão facilitada com o centro da ilha levaram ao crescimento do turismo. A partir da década de 1970, Canasvieiras se tornou um dos principais destinos para turistas argentinos, chilenos e uruguaios, ganhando a alcunha de "Praia dos Argentinos". Considerada uma das praias mais badaladas da capital.
Ponta de Canas
A Praia da Ponta das Canas era antigamente uma comunidade agrícola e pesqueira, sendo transformada em polo turístico a partir da década de 1970, impulsionada pela construção e pavimentação da rodovia SC-401 e pelo subsequente movimento imobiliário. O nome "Ponta das Canas" deriva da ponta de areia característica da praia e da presença abundante da planta cana-de-açúcar, usada pelos antigos moradores para a economia local.
Transformação e Desenvolvimento
Acesso Melhorado: Na década de 1950, a construção de uma estrada de terra iniciou o processo de melhoria do acesso.
Pavimentação da SC-401: A pavimentação da rodovia SC-401 na década de 1970 foi um marco crucial, facilitando o acesso ao norte da ilha e atraindo o turismo para a praia.
Crescimento Imobiliário: O desenvolvimento do turismo gerou um intenso movimento imobiliário, com a construção de casas para aluguel de temporada, transformando a paisagem e a economia local.
Polo Turístico: A praia se tornou um destino turístico popular, com infraestrutura completa para receber os visitantes.
Atividades Tradicionais: Apesar do turismo, muitos moradores nativos ainda mantêm as atividades tradicionais da pesca, e a cultura açoriana é uma característica forte da comunidade.
Belezas Naturais: A praia é conhecida por suas águas calmas e pela beleza natural exuberante, com a presença da Restinga de Ponta das Canas, que forma uma pequena lagoa e um ecossistema rico e tombado pelo município.
Lagoinha

Sua história surgiu a partir de uma colônia de pescadores, que encontravam na região um local propício para a pesca da tainha e a criação de animais, além do cultivo de mandioca, milho e café. O nome vem da lagoa de água doce formada na sua foz, onde um rio local desagua, e que tem um visual semelhante a uma praia, por estar cercada por areias. A região se desenvolveu, tornando-se um destino turístico tranquilo, com pousadas e restaurantes, além de manter sua conexão com a pesca artesanal.
Crescimento gradual
A região começou a se desenvolver e ganhar espaço a partir das décadas de 1970 e 1980, com a chegada de mais pessoas e o aumento da busca pelas praias de Florianópolis. A praia é conhecida por suas ondas calmas e pela água em geral quente, o que a torna um local ideal para a pesca, atividades de lazer e para famílias com crianças.
A Lagoinha do Norte oferece uma boa infraestrutura turística, com estabelecimentos de hospedagem, restaurantes e um ambiente que promove o contato com a natureza.
Brava

A história da Praia Brava, em Florianópolis, passou de um local com acesso difícil, conhecido por sua vida noturna boêmia, à transformação em um bairro nobre e de alto padrão a partir da década de 90, impulsionada pela urbanização da Rodovia Osvaldo Reis e pelo projeto de loteamento do empresário Nilton Ramos e do arquiteto André Schmidt. O empreendimento visava criar um bairro de elite, respeitando áreas verdes e com infraestrutura privilegiada, que hoje se destaca pela beleza natural, ondas para surf e vida noturna vibrante.
Período inicial e o "reduto boêmio"
Antes dos anos 90: A Praia Brava era um local remoto e de acesso difícil, isolado por morros e com a Rodovia Osvaldo Reis sendo apenas uma estrada de terra.
Vida noturna: Essa dificuldade de acesso contribuiu para que, nas décadas de 70 e 80, a praia se tornasse um reduto para a vida noturna, atraindo principalmente homens para bares, jogos e entretenimento.
A transformação e a urbanização
Visão de empreendedorismo: Na década de 80, o empresário Nilton Ramos viu o potencial do local e, em parceria com a prefeitura, planejou um loteamento.
Projeto arquitetônico: O arquiteto André Schmidt desenhou o projeto para o bairro nobre, que seria um modelo de urbanização consciente, priorizando áreas verdes e infraestrutura.
Construção dos condomínios: A partir da década de 90, com a pavimentação da Rodovia Osvaldo Reis, o desenvolvimento da Praia Brava decolou. O primeiro condomínio, Três Américas, foi construído por empresários argentinos em 1990, seguido por outros empreendimentos.
Bairro nobre: Hoje, a Praia Brava é um bairro nobre em Florianópolis, conhecido pela sua beleza, condomínios de alto padrão e infraestrutura completa.
Atração turística: A praia atrai turistas jovens em busca de eventos e DJs, além de surfistas devido às suas ondas.
Preservação e modernidade: Apesar do crescimento, a Praia Brava conseguiu equilibrar o desenvolvimento urbano com a preservação de sua beleza natural, mantendo o charme e atraindo um público diversificado.
Ingleses

A Praia dos Ingleses tem esse nome devido ao naufrágio de um navio inglês entre 1683 e 1737, cujos sobreviventes se estabeleceram na região, que mais tarde se tornou um povoado agrícola e pesqueiro. Antes disso, a área era habitada por grupos pré-coloniais que deixaram sítios arqueológicos com oficinas líticas e sambaquis. O naufrágio foi descoberto em 1989, quando um mergulhador encontrou uma jarra de cerâmica. Foram encontrados objetos como uma régua com a inscrição "1683", vasos de cerâmica e instrumentos náuticos, além de ossadas de homens jovens, o que reforça a teoria do naufrágio. Os marinheiros sobreviventes se estabeleceram na praia, onde cultivavam a terra para garantir sua subsistência.
Colonização Açoriana
A região se desenvolveu com a chegada de descendentes de imigrantes açorianos, e hoje a praia é um destino turístico popular, com ampla infraestrutura e acesso a dunas para sandboard.
Engenhos
A região também abrigou engenhos para a produção de açúcar e farinha, além da criação de gado e galinhas.
Desenvolvimento Turístico
A Praia dos Ingleses se tornou um dos destinos turísticos mais populares de Florianópolis, conhecida por sua ampla infraestrutura de hotéis, restaurantes e serviços.
Atividades
A praia oferece diversas opções de lazer e atividades ao ar livre, como esportes aquáticos, frescobol e sandboard nas dunas. Atualmente, a praia é procurada tanto por quem busca lazer quanto por quem busca um local tranquilo para morar.
Santinho

Outra praia famosa, que também faz parte do Parque Estadual do Rio Vermelho, com natureza exuberante. A história da Praia do Santinho envolve o seu nome original, Praia das Aranhas, devido às ilhas com grande concentração de aracnídeos. A mudança de nome para Santinho ocorreu por volta da década de 1970, após a descoberta de uma rocha com uma inscrição rupestre semelhante à imagem de um santo, que se tornou um local de devoção para os pescadores. Essa pedra foi removida pelo Padre Rohr em 1944 e misteriosamente desapareceu, gerando indignação na comunidade. A região também abriga um importante sítio arqueológico com petróglifos e outros vestígios dos sambaquis, datados de cerca de 5 mil anos atrás.
O Sítio Arqueológico
A Praia do Santinho é um importante sítio arqueológico com um grande acervo de arte rupestre. As inscrições em rochas, com milhares de anos, são patrimônio natural e paisagístico, revelando a cultura dos sambaquis, os primeiros habitantes do litoral catarinense. O resort Costão do Santinho possui um museu arqueológico ao ar livre para preservar e expor essas inscrições, inaugurado em 1997.

PRAIAS DO LESTE DA ILHA

Moçambique

A história da Praia do Moçambique, em Florianópolis, começa com nomes como Praia Comprida e Praia Grande, mas foi por volta de 1850 que a nomenclatura atual surgiu, provavelmente devido às tatuíras (conhecidas como moçambiques) presentes na praia, um crustáceo comum localmente. A praia é parte do Parque Estadual do Rio Vermelho, e ao longo de sua extensa faixa de areia, que a torna a maior da ilha, a natureza é preservada com dunas e a rica vegetação da Mata Atlântica.
Antes do nome atual
Praia Comprida e Praia Grande: Antigamente, a praia era conhecida por esses nomes, descrevendo sua grande extensão.
A origem do nome "Moçambique"
A teoria mais difundida e aceita é que o nome venha das tatuíras (também chamadas de moçambiques), crustáceos de concha que são abundantes na região. Outra possibilidade, mais ligada à tradição, é a referência ao molusco Moçambique, uma pequena concha comestível comum na praia.
História recente e preservação:
Parque Estadual do Rio Vermelho. A praia é uma área de conservação, parte do Parque Estadual do Rio Vermelho, um local importante para a preservação da biodiversidade. A Associação de Surfe do Moçambique (ASM) foi criada no início dos anos 2000, e a praia é reconhecida como Reserva Nacional de Surf.
Características:
É a maior praia de Florianópolis, com mais de 7 km de extensão. A praia não possui construções e é caracterizada por dunas e vegetação nativa, incluindo pinheiros. É um destino para surfistas, trilheiros, cavalgadas e para a observação de baleias em algumas épocas do ano.
Barra da Lagoa

A Praia da Barra da Lagoa remonta, aos tempos coloniais, quando era uma vila de pescadores com sua fonte de sustento ligada à pesca artesanal. Começou como uma comunidade pesqueira e vilarejo simples em Florianópolis, desenvolvendo-se com o turismo ao longo dos anos, especialmente com o reconhecimento oficial de seu distrito em 1995. Sua história é marcada pela forte cultura da pesca, pela beleza de seu canal que liga a Lagoa da Conceição ao mar, pela paisagem cercada de morros e por uma infraestrutura que hoje atrai veranistas, além da presença de unidades de conservação e de um centro do Projeto Tamar.
Raízes e Desenvolvimento
Emancipação
A região era conhecida como Praia da Lagoa, mas começou a ser chamada de Praia da Barra da Lagoa em 1989 e foi oficialmente reconhecida como distrito em 1995, através da Lei Municipal nº 4.806/95, desmembrando-se da Lagoa da Conceição.
Aspectos Geográficos e Turísticos
Um dos elementos mais característicos, este canal liga a Lagoa da Conceição ao oceano Atlântico, e as marés influenciam sua coloração, que varia de turquesa (maré alta) a escura (maré baixa).
Paisagem Natural
O bairro é cercado por morros verdes e é vizinho do Monumento Natural Municipal da Galheta, com a praia da Prainha sendo uma pequena e charmosa extensão acessível por trilha.
Cultura e Vida Local
A pesca continua sendo uma parte fundamental da cultura local, com pescadores utilizando o canal e a praia para seu sustento. Festivais como a "Festa da Tainha" celebram essa tradição.
Infraestrutura Turística
Com o tempo, a área se desenvolveu para o turismo, com o surgimento de pousadas, restaurantes, cafeterias e até escolas de surf, criando um ambiente acolhedor e vibrante.
Marcos Importantes
Ponte Pênsil e Ponte da Barra da Lagoa: Por muitos anos, a antiga Ponte Pênsil era um ponto de referência, sendo substituída em 2007 por uma estrutura mais segura e adaptada em homenagem à cultura e à comunidade, segundo o Guia Floripa.
Projeto Tamar
A Barra da Lagoa abriga uma unidade do Projeto Tamar, contribuindo para a preservação das tartarugas marinhas e reforçando seu compromisso com a natureza.

Galheta
A Praia da Galheta, em Florianópolis, possui uma história ligada à natureza e ao naturismo. Nos anos 1970, começou a ser frequentada por adeptos do naturismo, um movimento que ganhou força nos anos 1980 com a luta de ecologistas e políticos pela preservação da área, resultando na criação do Parque Natural Municipal da Galheta em 1990 e regulamentado em 1994. Em 1997, uma lei tornou o naturismo opcional na praia, mas essa permissão foi revogada em 2016, o que gerou uma situação legal ambígua. Atualmente, a praia é reconhecida como Monumento Natural Municipal, mas o futuro da prática de nudismo ainda está em debate e é alvo de discussões e propostas para legalização e gestão.
Origens e preservação
Relatos indicam que a praia, conhecida como "Praia do Mato Alto", era usada pelos índios Carijós para pesca e caça. A área também foi utilizada como esconderijo de contrabandistas e piratas.
Legislação e polêmicas
1997: Uma lei foi aprovada, autorizando a prática do naturismo na Praia da Galheta.
2016: A Lei n. 10.100 revogou a autorização para o naturismo, transformando a praia em Monumento Natural Municipal, mas a situação se tornou legalmente incerta.
Situação atual
Apesar da revogação da lei, a prática de nudismo continua na praia, e a prefeitura tem instalado placas indicando a proibição, embora a validade legal ainda seja discutida. Há projetos para legalizar e regulamentar o naturismo na Galheta, buscando uma gestão compartilhada com o município.
Praia Mole

A história da Praia Mole é marcada pela presença de sítios arqueológicos, com vestígios da cultura do Homem do Sambaqui e monumentos megalíticos. Foram encontrados sítios com pinturas rupestres, que remetem a rituais religiosos e cerimoniais. Além da sua importância arqueológica, a Praia Mole é conhecida por um forte campo de energia, o que atrai pessoas em busca de práticas de meditação e yoga. Mitos e lendas sobre a praia e o local também são presentes na cultura local. A praia é um reduto de surfistas e jovens, conhecida por suas ondas e um ambiente vibrante.
Relação entre as Praias
Vizinha à Joaquina: A Praia Mole é conhecida por ser vizinha e complementar à Joaquina, com ambas sendo populares no cenário do surf e do turismo de Florianópolis.
Ponte da Lagoa: O acesso à Joaquina e à Praia Mole se dá por meio da Avenida das Rendeiras e da ponte da Lagoa da Conceição.
Lagoa da Conceição

A Lagoa da Conceição tem uma origem tanto histórica quanto lendária. Do ponto de vista histórico, foi habitada primeiramente por povos indígenas, como os carijós. Fundada em 1750 como Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa, tornando-se um importante núcleo colonial português após a chegada dos açorianos e os imigrantes açorianos foram assentados na região da lagoa, que já possuía um nome mais antigo, Lagoa Grande.
Lendas da Lagoa
Uma lenda popular conta a história de Conceição, uma bruxa que se apaixonou por Peri, um índio. As bruxas se enfureceram com esse amor proibido e amaldiçoaram Peri, transformando-o em, uma lagoa de água doce no sul da ilha. Lágrimas da Bruxa: Devido à tristeza por perder seu amado, Conceição chorou imensamente. Suas lágrimas teriam formado a Lagoa da Conceição, uma laguna de água salobra, de acordo com a lenda.
Joaquina

A história da Joaquina está ligada a uma lenda local, que dá nome a uma das mais famosas praias de Florianópolis, sendo um ícone do surf desde os anos 70. A versão mais difundida é que a praia recebeu o nome de Joaquina em homenagem a uma moradora local, uma rendeira que era muito querida na comunidade da Lagoa da Conceição.
A Lenda
Segundo a lenda, Joaquina tecia suas rendas sobre as pedras do costão da praia quando foi arrastada por uma onda. Outra versão diz que ela alimentava os pescadores da região e que foi levada pelo mar em um dia de maré alta. A Joaquina ganhou fama nacional nos anos 70, tornando-se um paraíso para os surfistas e palco de campeonatos internacionais. O desenvolvimento turístico se intensificou com a construção de hotéis e a melhoria da infraestrutura.
PRAIAS DO SUL DA ILHA

Praia do Campeche

Praia do Campeche e Praia do Matadeiro: No sul da ilha, são pontos de encontro para surfistas e apreciadores de paisagens paradisíacas.
A Praia do Campeche é famosa por sua extensa faixa de areia, mar de águas cristalinas e ondas propícias para surf e kitesurf, com infraestrutura de bares e restaurantes, além de ser o ponto de partida para a Ilha do Campeche. Já a Praia do Matadeiro, ao sul, é mais rústica, acessada por uma trilha e conhecida pelas águas calmas, ideal para quem busca tranquilidade, sendo um ponto de partida para outras trilhas, como a para a Lagoinha do Leste.
Características: Praia extensa, com mar de águas claras e ondas fortes, ideal para a prática de esportes como o kitesurf e o surf.
Acesso: Acesso fácil por transporte público e carro, com boa infraestrutura de quiosques e restaurantes.
Ilha do Campeche

A Ilha do Campeche é um refúgio natural em Florianópolis, SC, famoso por suas águas cristalinas e rica história arqueológica, com a maior concentração de gravuras rupestres e oficinas líticas do litoral brasileiro. O local é uma Área de Preservação Permanente e patrimônio tombado pelo IPHAN desde 2000, o que exige controle de visitantes para preservar sua beleza e ecossistema. Patrimônio arqueológico: Contém um dos maiores acervos de arte rupestre e oficinas líticas do litoral brasileiro, com vestígios de povos que viveram ali há mais de 5.000 anos. Patrimônio histórico: Também possui ruínas ligadas à caça da baleia e ao uso agrícola. Além de praias paradisíacas, oferece trilhas guiadas, atividades de mergulho e um restaurante, com infraestrutura simples para proteger o ambiente.
O acesso é limitado, no máximo de 800 visitantes por dia, para preservar o local, sendo necessário ingressos para o transporte até a ilha. Você pode pegar uma lancha para a Ilha do Campeche na Praia da Armação (embarcações com capacidade para até 20 pessoas), na Barra da Lagoa (escunas e lanchas exclusivas) ou na praia do Campeche (barcos e botes). Os horários, preços e tempo de viagem variam dependendo do local de partida e da embarcação, por isso é recomendável verificar as opções antes de ir.
A Ilha do Campeche teve, uma senzala coletiva e de tamanho reduzido, utilizada para abrigar cativos, especialmente após o retorno do monopólio da caça à baleia em 1816. A ilha também tem uma história que remonta a mais de 5.000 anos, com vestígios de ocupação humana, como inscrições rupestres, além de ter servido como local de moradia para povos originários, pescadores e para a produção de óleo de baleia. Atualmente, a ilha é um ponto turístico e é considerada patrimônio histórico e arqueológico, com atividades de preservação e visitação.




Morro das Pedras

A Praia do Morro das Pedras é uma praia no sul de Florianópolis, conhecida por suas ondas fortes, ideais para surfistas. Ela é uma continuação da Praia do Campeche, e se destaca pela beleza natural com pedras, areia clara e a presença do mirante da Vila Fátima, que oferece vistas panorâmicas. É um local que oferece mais tranquilidade em comparação com praias mais centrais, sendo um refúgio para quem busca contato com a natureza. Extensa faixa de areia, com pedras imponentes e um cenário natural preservado. As atrações são o Mirante da Vila Fátima, um dos principais atrativos, com vista panorâmica do litoral e os costões rochosos que criam um visual único e são ideais para fotos.
Parque da Lagoa do Peri

É uma lagoa de água doce, abastecendo mais de 100 mil pessoas na Ilha. Localizada a aproximadamente três metros acima do nível do mar, o que a mantém isolada da maré. Em suas praias de areia amarelada, ideais para banho, especialmente para famílias com crianças. Tem esportes aquáticos como: a Aluguel de caiaques e stand-up paddle. Exploração de trilhas ecológicas. Área para piqueniques, com mesas e churrasqueiras disponíveis. Conservação e segurança Área protegida: Faz parte do Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri (MONA), criado em 1981.Certificação: Recebeu diversas vezes o selo internacional Bandeira Azul por sua gestão ambiental rigorosa. Estrutura de segurança: Conta com salva-vidas e área de banho demarcada por boias para garantir a segurança. Proibições: Atividades como fogueiras, veículos e cachorros são proibidas dentro da unidade de conservação. Curiosidade Lenda: Existe uma lenda local que diz que a lagoa tem formato de coração e se formou a partir do amor proibido entre um índio chamado Peri e uma bruxa chamada Conceição.
Lei nº 10.530 de 02 de maio de 2019. Outras Normatizações Decreto Presidencial nº 30.443/1952 área como remanescente de floresta nativa. ; Decreto Municipal nº 1408/1976 tombamento da área da Bacia da Lagoa do Peri como patrimônio natural. ; Portaria FLORAM nº 011/07, modificada pela Portaria FLORAM nº 024/07 – Estabelece a criação do Conselho Consultivo da UC; Lei Municipal 1828/1981 e Decreto Municipal 091/1982 com 20,3 km² definiam o Parque Municipal da Lagoa do Peri.
Armação

A Praia da Armação é uma praia histórica e um balneário popular no sul da ilha, conhecida por sua beleza natural e infraestrutura turística. A região tem um passado ligado à caça de baleias e à pesca artesanal, como evidenciado pela Igreja de Sant'Ana e hoje, se destaca por opções de lazer como surfe (especialmente no canto esquerdo), tranquilidade nos cantos mais calmos, e a proximidade com o Parque da Lagoa do Peri e a Ilha do Campeche. O canto direito é mais calmo, com um riacho, ideal para caminhadas e banhos em águas mais tranquilas. Existe também a possibilidade de encontrar piscinas naturais entre as rochas. Possui boa estrutura de pousadas, restaurantes, bares, mercados, farmácias e lojas. No século XVIII, a praia era um importante centro da indústria de óleo de baleia. A Igreja de Sant'Ana: Localizada de frente para o mar, é uma das atrações turísticas da região e um marco histórico. Melhor época para visitar: Alta temporada (dezembro a fevereiro): Praia mais cheia e animada. Baixa temporada (março a novembro): Mais tranquila, com preços mais acessíveis.
Matadeiro

Praia mais reservada e preservada, com uma beleza natural exuberante que mescla mar e mata. As águas são limpas, claras e frias, com ondas mais fortes em alguns pontos. O acesso é feito por uma trilha a pé, que parte da Praia da Armação. Conhecida por sua atmosfera tranquila e contato com a natureza, com pouca estrutura e mais preservada. Ideal para quem busca sossego, surfistas e para quem quer iniciar uma trilha para a Lagoinha do Leste. Acesso e infraestrutura: O Campeche oferece mais estrutura e fácil acesso, enquanto o Matadeiro é mais rústico e exige uma trilha. Atividades: O Campeche é ótimo para kitesurf, e o Matadeiro para trilhas e um banho mais tranquilo, além de ser o ponto de partida para trilhas para outras praias.
Lagoinha do Leste

A Lagoinha do Leste é uma praia conhecida por sua beleza e natureza preservada, com acesso apenas por trilha ou barco. As trilhas mais comuns são pelo Pântano do Sul (mais curta e íngreme) ou pela Praia do Matadeiro (mais longa e cênica), ambas de nível moderado a difícil. Há também a opção de transporte de barco. A praia conta com uma lagoa, barracas e um mirante famoso, que oferece vistas deslumbrantes.
Pântano do Sul

Pântano do Sul é um bairro histórico e uma praia localizada no sul da Ilha de Santa Catarina, conhecida por ser um reduto de tradições de pesca, com forte cultura açoriana. O local oferece uma mistura de tranquilidade, natureza exuberante e gastronomia focada em frutos do mar. A região é também ponto de partida para diversas trilhas e passeios de barco, além de ter um rico patrimônio histórico relacionado à caça de baleias e à presença de povos primitivos. Turismo e lazer: É um destino turístico tranquilo, ideal para quem busca sossego e contato com a natureza. Oferece restaurantes especializados em frutos do mar, passeios de barco para ilhas vizinhas como a Ilha do Campeche e trilhas para praias como Lagoinha do Leste e Naufragados. Pesca e avistamento de baleias: Participar da pesca tradicional, como o cerco de tainha, ou aproveitar a região para avistar baleias francas, que frequentam a costa. Cultura e história: Visitar o cemitério local, um dos mais antigos da região, e conhecer vestígios da época da exploração de baleias e das antigas oficinas líticas.
Solidão

A Praia da Solidão é uma praia de beleza natural preservada, localizada no extremo sul de Florianópolis, SC. Acesso principal é pelo Pântano do Sul e, apesar do mar agitado em alguns dias, é procurada por quem busca tranquilidade. É conhecida por sua vegetação de Mata Atlântica, o Rio das Pacas que a contorna, e trilhas que levam a cachoeiras. Cercada por morros com vegetação de Mata Atlântica. O Rio das Pacas deságua na praia, formando poços de água doce e pequenas cachoeiras em algumas trilhas. Infraestrutura: Pouca infraestrutura turística, com poucos ou nenhum quiosque. Acesso por uma estrada estreita e pequena, ou por trilhas.
Praia Naufragados

As histórias da Praia dos Naufragados em Florianópolis estão ligadas a naufrágios históricos, principalmente o de 1753, quando 250 colonos açorianos morreram ao tentar chegar ao Rio Grande do Sul, e o de Juan Díaz de Solís em 1516, cujos sobreviventes viveram na região. Outros eventos incluem um forte do século XVIII, um farol do século XIX e a Revolução Farroupilha em 1839.
Naufrágios Históricos
Expedição de Solís (1516): A primeira grande história da praia remonta ao navegador espanhol Juan Díaz de Solís, que naufragou na região em 1516. Diz a lenda que muitos sobreviventes ficaram na área, vivendo entre os índios locais, e um deles, Aleixo Garcia, se tornou o primeiro europeu a chegar ao Império Inca. A área foi apelidada de "Baía dos Perdidos", segundo e.
Naufrágio dos Açorianos (1753): O evento mais impactante na história da praia ocorreu em 1753. Mais de 200 colonos açorianos que navegavam em direção ao Rio Grande do Sul morreram quando sua embarcação (uma galera) naufragou nas proximidades. Os corpos foram sepultados na praia.
Eventos e Marcos Históricos
Fortaleza e Farol: Para auxiliar na navegação e na defesa, uma fortaleza foi construída na ilha vizinha, Araçatuba, a partir de 1740. Mais tarde, em 1856, um farol foi inaugurado na praia, um ponto estratégico para orientar as embarcações e um dos marcos históricos da região.
Revolução Farroupilha (1839): A ilha também foi palco de um evento da Revolução Farroupilha, quando soldados da fortaleza de Araçatuba se rebelaram, sequestraram o comandante do forte e o levaram para Laguna para ser executado.
Outras Histórias e Lendas
Oficinas Líticas: No costão esquerdo da praia, existem sítios arqueológicos chamados oficinas líticas. A crença local atribui essas lapidações a Jesus, Maria e José, enquanto ufólogos sugerem a ação de alienígenas.
Lenda de Lavínia: A história da jovem Lavínia, um fantasma que assombraria o Farol de Naufragados, é outra lenda local. Ela teria se jogado no mar após o desaparecimento de seu amado em uma tempestade.
Caieira

A Caieira da Barra do Sul é uma praia no extremo sul de Florianópolis, conhecida pela tranquilidade, paisagens de pescadores e por ser a porta de entrada para a trilha da Praia de Naufragados. É um destino mais rústico e menos badalado, com forte tradição de maricultura, sendo um paraíso para quem aprecia frutos do mar, especialmente ostras. A praia oferece águas calmas e é um ponto de partida para trilhas e passeios de barco. Praia de pescadores, com paisagem rústica, barcos e um trapiche. A água é calma, mas pode ser gelada. É um polo importante para o cultivo de ostras, mexilhões e vieiras, com dezenas de restaurantes especializados em frutos do mar na região. Infraestrutura: Mais simples, com pouca estrutura turística, mas suficiente para atender às necessidades dos visitantes. Há algumas opções de hospedagem na região.
Ribeirão da Ilha

Ribeirão da Ilha é um distrito histórico de Florianópolis, famoso por sua forte herança açoriana, que se manifesta na arquitetura colonial preservada e nas tradições locais. É o maior produtor de ostras do Brasil, o que impulsionou sua economia e o transformou em um importante destino gastronômico. O local também oferece beleza natural, como o Morro do Ribeirão, e atividades de lazer, sendo um refúgio tranquilo na ilha.
História e cultura
Origem açoriana: Fundado no século XVIII com a chegada de imigrantes das Ilhas Açores, o bairro preserva a arquitetura, as festas religiosas, o artesanato (como renda de bilro) e as tradições dos primeiros colonizadores. Ponto histórico: Possui um dos centros históricos mais antigos de Florianópolis, com edificações preservadas desde o século XVI. A Igreja de Nossa Senhora da Lapa, construída em 1806, é um dos principais marcos. Evolução econômica: Inicialmente focado na agricultura e pesca de subsistência e de baleia, passou por um período de declínio após a construção da ponte Hercílio Luz. Posteriormente, o turismo e a ostreicultura ganharam força. A arquitetura colonial, com casas coloridas e detalhes charmosos, é um dos maiores atrativos do bairro, que foi tombado como patrimônio histórico em 1975. Artesanato: Lojas e ateliês de artesanato, como cerâmica e renda de bilro, oferecem produtos únicos e representam a rica tradição artesanal da região.
Tapera

A Praia da Tapera é conhecida por suas águas calmas e por ser uma vila de pescadores. A praia é familiar, tem aproximadamente 520 metros de extensão e oferece uma faixa de areia estreita, com águas claras e transparentes, que lembram uma piscina. É uma área de preservação ambiental com dunas e mata atlântica, importante sítio arqueológico com vestígios de ocupação indígena e hoje também é ponto de cultivo de ostras e mariscos.
Caraterísticas
Mar: Calmo, quase sem ondas, bom para crianças e para quem procura tranquilidade.
Faixa de areia: Estreita, grossa e amarelada.
Infraestrutura: Limitada, com poucos quiosques e comércio, sendo recomendado levar seus próprios alimentos e bebidas, mas há um restaurante próximo, chuveiro, banheiros químicos na temporada, e uma praça.
Atrações: Duas ilhas próximas, a Ilha Dona Francisca (ou Ilha das Flechas) e a Ilha das Laranjeiras, que podem ser alcançadas com caiaque, stand-up paddle ou barco.
Localização: Sul da Ilha de Santa Catarina, com acesso pela Rodovia Açoriana.
Gastronomia: Cultivo de ostras e mariscos.
Cultura: Sítio arqueológico de grande importância histórica.
Como chegar
De carro: Acessível pela Rodovia Açoriana, que dá acesso ao bairro da Tapera.
De ônibus: Várias linhas de ônibus circulam no bairro, mas o acesso pode ser mais difícil.
De avião: Próximo ao Aeroporto Internacional de Florianópolis (Floripa).
O que fazer
Curtir o mar calmo e a praia, um local tranquilo, com foco em lazer em família.
Apreciar o pôr do sol, ideal para quem busca momentos relaxantes.
Nadar, caminhar e fazer atividades aquáticas como stand-up paddle e caiaque.
Visitar as ilhas próximas à praia, como a Ilha Dona Francisca (Ilha das Flechas) e a Ilha das Laranjeiras.
Conhecer a cultura e história local, visitando o Museu Homem do Sambaqui no centro da cidade, onde muitos artefatos foram encontrados na praia da Tapera.
Observação
A Praia da Tapera é uma área de preservação ambiental, com dunas e mata atlântica.
Há um grande sítio arqueológico na praia, com vestígios de ocupação indígena, o que a torna uma área de grande valor histórico e cultural.
A praia é um importante local para a observação de aves migratórias e para desova de tartarugas marinhas na primavera e no verão.
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Fontes:
Se desejar conhecer A geodiversidade de Florianópolis clique neste link fantástico: https://www.researchgate.net/publication/317963199_A_Geodiversidade_do_Municipio_de_Florianopolis_Santa_Catarina_Brasil_Valores_e_Ameacas
Escritores e Suas Obras:
Othon Gama d'Eça: Em Homens e Algas, ele retrata a vida e a luta dos pescadores locais, com as praias servindo de cenário para as cenas pungentes de sua obra.
Virgílio Várzea: Conhecido como "o escritor do mar", ele é um autor que abordou temas ligados ao ambiente litorâneo de Santa Catarina e, por extensão, à paisagem de Florianópolis.
Bebel Orofino e Gelci José Coelho (Peninha): Os autores de Lendas da Ilha de Santa Catarina compilam histórias e folclore da ilha, muitos deles ligados à água, às praias e à mitologia local.
Raul Caldas Filho: O escritor, em um de seus livros, lembra e reforça a história de uma rendeira que dava nome à praia da Joaquina, sendo uma das versões do folclore sobre a origem do nome da praia.
Mapas: @Guiafloripa.com
Imagens do acervo da autora, em suas visitas, nos 8 anos de residência em Florianópolis.


